terça-feira, 26 de abril de 2011

EMBRIAGUÊS


            
EMBRIAGUES

Uma taça de vinho
uma canção
enlouqueço
me entrego

Uma feiticeira
lépida fagueira
toma conta do meu eu
se adentra e me domina
esqueço meus medos
viro felina

rejuvenesço
invoco Eros, provoco
crio asas
me liberto...me desconheço

Num mar de vinho me afogo
renasço, choro adormeço

5 comentários:

  1. Embriagado eu fico quando leio um poema seu, quando o gole de cada palavra sua leva o transe, e sou banhado por imagens, sonhos. Sua poesia provoca um desapego que liberta a alma e embarco na sua nau de feiticeira e navego nesse mar de vinho e desejo. Absolutamente embriagante. Amei!

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  2. Adoro seus poemas...Voce é demais..Beijoss Linda

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  3. Mesmo que você, prezada Juli já conheça a poesia abaixo. Brindo-a com essa uma das minhas preferidas do poeta Baudelerie.

    Postaria uma das minhas mas considero enaltecedor homenagear com essa pérola em comento a sua linda poesia.

    Fiquei a perguntar-me por que não estive no seu blog a mais tempo, ele é lindo, as poesias doces e ao mesmo tempo apimentadas.

    Deixemos o fogo queimar, "Deixa arder". Boa tarde, beijos!

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  4. EMBRIAGUEM-SE.

    É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

    Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

    E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.


    De seu livro "Petites Poèmes en Prose", de 1862. Trata-se do conhecido poema "Enivrez-vous" ("Embriaguem-se")

    Baudelaire.

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  5. Minha linda e amada poeta
    Saudades grandes, tempos que vc nao aparecia por aqui.Quer matar seus fãs???rsss

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Obrigada, elogio ou crítica serão sempre bem vindos,me fazendo tentar melhorar cada vez mais